Dei tudo o que tinha
Mesmo sabendo que tudo não era nada.
Sonhei sempre tão alto e tão sozinho.
Viajei por tantos mundos, que me perdi pelo caminho
Quis mostrar que sou forte
(Ser incrível, este que eu quis ser…)
Escrevi palavras tão vãs neste recorte…
E dou por mim, de novo, sozinho ao amanhecer!
Dei-me ao luxo de viver actor.
Ter amigos, noites sombrias, até escrever poemas de amor!
Esqueci, por um momento, de pôr a máscara.
(Deixei cair as lágrimas e as palavras sinceras…)
Fui um ser honesto, mas triste!
(Incapaz, agora, de fingir neste texto, ao qual o mundo assiste…)
Não sei o que o futuro me reserva,
Mas conto com que seja longo o tempo que me espera…
E sei que nunca terei a coragem para te dizer o que sinto.
Ter-te-ei aqui, comigo, até chegar ao meu último destino!
Vejo em ti tudo, sendo eu nada.
Sou incapaz de te tocar ou sentir.
Perco horas a pensar na tua imagem, às vezes tão vaga…
E sei que não irá chegar o dia para te conseguir!..
(…)
Porque quase te venero,
Despeço-me neste sossego
E escrevo, agora, para não esquecer
Que és tu quem eu sonhava ter…
Nuno Rocha
6 de Março de 2008
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