Sem poder ser nada,
Saltar de alegria por existires tu,
E não poder dizer-te mais nada,
Ter vontade de correr para ti,
E ver-me perdido aqui,
No meio de nada,
Irrita.
Dói de mais não ter força,
Para sermos nós,
Só nós,
Só eu e tu,
E mais nada!
Não posso querer ter-te aqui,
Se vivo no nada,
Longe de tudo e de ti.
Não posso querer ver-me aí,
Se vives no tudo,
Longe de nada, longe do nada.
Quero dizer-te quem sou,
Quem tu és para mim,
Sei que és muito mais que nada, não és de nada,
Tu és tudo, és de tudo, mas eu,
Eu sou de nada.
Queria que soubesses o que sinto,
Que este sentimento vem de nada,
Que gostava de poder dar-te tudo,
Mas que o meu tudo, para ti, é nada!
Amo-te!
Não te sei dizer mais nada.
É tudo.
És tudo para mim, mesmo sendo eu o nada.
João Ferreira
9 de Janeiro de 2007
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