Três Estações

Dos dias de sol numa varanda ao pé do mar
Ficaram o som das ondas ao amanhecer,
A luz do farol nas noites quentes de Verão
E nada mais que possa recordar
E imagens vagas e difusas, que não sei ler
Entre olhares e conversas nuas,
Aquelas conversas tão intensas, que vazias
Sabíamos desde sempre ter.
Largaste tudo para correr, só, sem temer
Por entre as ruas de Lisboa, que é tua
Nas noites e dias do Verão de hoje,
Para as curtas passagens de Vida que queres ter.

E se agora o calor cobre o teu corpo fraco,
As imagens de ontem vão voltar
E os sorrisos e as pessoas de hoje, essas já não
E mais tarde também terminará este Verão...
E depois virá o Outono…
E depois o Inverno,
Mas eu já não.

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