Outono

Numa floresta apagada,
Voa um pássaro só,
Tão leve e tão louco,
Na bravura de quem não teme.

É quem anda perdido,
Quem agora pousa no ramo alto de cada árvore
(Árvores despidas e frágeis)...

E ecoa o silêncio na floresta, que já dorme,
Naquela que se despe, para renascer mais tarde.

Querido pássaro louco,
Chegou o Outono e depois virá, tão só, o Inverno.

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