Aos miúdos...
Quando os olho não me vêem
Como se dos sorrisos nascessem
Novos, virgens e frágeis
São almas impuras, que se mostram
A cada palavra e a cada gesto
Numa aura quente e sufocante
E nada faz sentido
Quando param sozinhos no palco
Perdidos entre palavras e silêncios
Tão sós e tão diferentes de tudo
Como se me quisessem enganar
E como se o mar perdesse de repente a sua cor
Já não vêem os azuis, porque são impuros
Como as nuvens cinzentas
Que regam de vida os campos verdes
Com esperança
Com principio, meio e fim
Os miúdos, perdidos em sorrisos...
João Ferreira
Gondomar, 23-03-2012
Essa foto...
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