Há textos que viajam connosco no tempo e por todas as razões que conseguimos acreditar optamos por nunca os transcrever em palavras que os soltem.
Porque são densos e pesados não os queremos largar.
Sem nenhuma razão hoje foi dia de escrever...
(Lisboa)
Um dia caminhava perdido
Estava frio, num Inverno que já não esqueço.
Estava a porta aberta. Entrei, como sempre faço,
Porque é um espaço amplo, feito de um silêncio onde me encontro.
Mas naquele dia não!
Sala cheia e só uma enorme coluna fria, que me esperava,
Os sons que me traziam o passado feliz e que ecoavam no ar
E as lágrimas, que só por vergonha não surgiam.
Naquele dia, como sempre, caminhamos paralelos.
Fomos feitos para sorrir e feitos para chorar.
(Há momentos que não quero esquecer
E é nas palavras que os guardo
Porque um dia será nelas que te encontro.)
João Ferreira
05-07-2012
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