oh que farto que eu ando,
porque ser pessoa tem sido sempre dificil.
é-o quando te conheço.
é-o quando me despeço.
e não há uma prosa que leve este passado,
nem nos versos densos do presente,
que são sempre tão vagos.
que são distantes.
não há um momento em que voe
e quando eu quis ser livre,
quando sonhei poder ser bravo
era criança que brincava frente ao mar,
era já o homem de rugas cansadas,
sentado num banco de jardim.
não sei rezar,
mas que deus me guarde um lugar
junto ao passado que me feriu,
que o presente é-me inútil,
e o futuro já doi.
pouso as flores e acendo esta vela
tenho saudades tuas.
até amanhã meu amor.
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