Povo



(...ao momento 1:40...)

Oh povo amargurado por quanto tu passas...
Tens em ti as gentes e a história deste meu país
E és o dono das caras e das almas
Desenhadas no embalo de um fado, que canta Portugal infeliz.

Não me julgues por estas palavras
Que são de agonia e que dão a Morfeu o seu altar,
Porque são tão leves e tão soltas
Estas minhas certidões da beleza desse teu lindo lugar.

Se me inquietam os berros e as faixas,
As expressões, as lágrimas e os silêncios,
Conforta-me a paz dessas tuas cores vivas,
Numa natureza profunda, que navega entre os brancos e negros.

E dos choros de Cibele renasce a tua força
Numa chuva que te limpa o rosto,
Feita de palavras belas, que dão vida à natureza de Pessoa,
Num Portugal onde o Fado nunca te será imposto!


Comentários