imerso neste azul, olho o verbo,
que de infinito e singular,
se confunde nas notas cantadas pelo piano,
porque em ser está o humano.
não há adjectivo mais grandioso do que este.
as lágrimas diluem e essência da dor,
porque essa é a batalha invisível,
que nos define.
haja um só sorriso no destino final e será sublime
o prenunciar deste verbo ser.
não há luz igual à do nascer,
nem há negro mais profundo do que aquele
que abraça a efemeridade.
e que sentido pode ter este contínuo,
se a soma de todos os seus reflexos continua indecifrável?
houvesse espaço para o abraçar completamente
e o verbo poderia descansar em paz,
mas haverá sempre mais a questionar,
por entre os espaços, que somam as suas luzes,
por entre a água fresca, que arrefece a ânsia de uma resposta,
correndo entre rostos singulares.
aos poetas, aos loucos, aos silenciosos, aos cegos,
cabe a dureza de cravar o negro giz sobre o papel,
para que nunca pareça tarde, para que nunca seja tarde.
soubesse eu mais...
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