Hoje ouvi que me pertences,
porque um dia te amei.
(pausa.)
Decidi escrever, (pausa. respira. pausa.)
Porque disfarço o nexo com versos soltos, (domina-se.)
porque a minha alma fica inquieta
sempre que se define a vida como um ciclo redondo,
que se quebra em encontros finitos de um eu,
que se mistura contigo e me transforma.
(pausa. respira.)
Olho o caminho como um prisma de rectas infinitas,
onde nenhum ponto serve de partida rumo à origem,
onde é constante a complexidade da escolha,
fazendo da dúvida água,
pintando de verdes e cinzentos os teus olhos, (pausa.)
pintando de branco e negro a tua pele.
(pausa.)
Há um verbo que aprendo, (pausa. respira.)
que guardo (pausa. respira,) e que recordo em imagens de um passado...
(respira.)
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