Vento do norte


Do longe sopra um passado errado,
De uma terra onde os risos e sorrisos ficaram esquecidos,
Presos, como quadros caídos,
Que já ninguém vê.

É este tempo, de uma nova esperança,
que se deixa poluir pela razão de gente cinzenta,
De velhas e cansadas pedras, que ergueram muros sombrios,
Onde a razão vence, sozinha, numa corrida contra gente cansada,
Que já não lê.

E num tempo de vidro, transparente,
Seriam outras as raízes do pensamento,
Mas não...

Então que se ergam bandeiras,
Que se encham ruas com fortes ganos de árvores novas,
Para que este vento, passageiro, não ganhe, não vergue.

Seja esta a terra onde as árvores estão serenas,
Onde os risos e sorrisos são pintados de verde e de azul.

Seja esta a terra de um vento do norte!

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