O mar de outono é violento, frio, cheio de espuma branca.
Ergue-se de peito contra as rochas da praia,
Enquanto eu, sereno, o observo.
Quieto, morno, como o sol esbatido no horizonte.
Parece que chego sempre exausto ao fim do Verão.
Pronto para começar de novo.
Sem crença.
Aqui, sentado.
E é sempre este mar revolto que me acalma, me engana, me abraça a alma,
Que me te atira de novo.
E o sol vai-se por, para voltar depois.
Virá a noite, quieta.
Ensurdecedora.
João Ferreira
Gaia, 3 de outubro de 2021
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