(excerto da peça Aurora)
Nas margens deste mar imenso estamos todos nós,
serenos,
em finais de tarde, com os olhos postos no horizonte,
feitos de um mar vermelho,
cheio de esperanças...
E a espuma que amanhece na praia,
não nos pode ser indiferente,
porque vem cheia de vidas,
assim como o nevoeiro que cobre a cidade pela manhã,
e esconde com um manto cinzento
as almas inquietas a viver em caixas de cartão.
Há três mulheres à deriva, à espera, até à Aurora...
(Fim)
2020
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