Andorinhas

Regressam sempre. Sempre a casa,

a este lugar do silêncio,

pintado de verdes, amarelos e castanhos, tão escuros.

Um lugar feito de linhas oblíquas, pintadas até ao horizonte.

É o lugar onde o sol se esconde primeiro,

o lugar que fica imóvel, imenso.

Só. Aqui longe do mar.

Voam sobre mim e ao fundo o fogo,

que nos arranca o tempo.

Aqui, onde vos escrevo,

às andorinhas do lugar do silêncio,

vi a noite chegar.

(Colmeal, 20 de Agosto de 2025)

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