Amor Eterno

Numa ilha perdida,

Chega um barco negro,

Sozinha na praia vagueais sozinha,

Meu corpo se derruba na areia húmida,

Morto e frio,

Sozinho, junto com Deus.

A força do vento, que vos protege,

O frio do mar, que me entrega,

Acompanha-vos até ao refugio,

Sombrio, que à luz do fogo

E ao calor da fogueira,

Se dará a conhecer como o,

Templo, sarcófago, eterno,

Que guardará o amor,

A eterna saudade.

Correm os dias de sol,

Os gestos de carinho,

Desabrocham sentimentos,

Perdidos entre as nuvens brancas,

Que brincam nos nossos corpos

E que dão vida ao vosso olhar.

Verdejam os campos,

Infinitas miragens, em tardes perdidas,

Na saudade do dia de amanhã.

Espero-vos sentado,

Sozinho, junto com o mar.

Tarda ver o sol se pôr,

Vosso cavalo branco,

Correndo velozmente pela praia.

Abraços são as boas novas,

De que estais de volta,

Com os azuis olhos,

Loiros cabelos,

Esvoaçantes com este vento.

Não partis sem antes vos tocar,

Vos ter e sentir-nos sós,

Juntos com o mar.

Parto na viagem, fugindo,

Entregue de novo ao mar.

Remo o barco negro,

Agora que me custa remar,

Remo o barco negro,

Sozinho, junto com o mar.

Prometo-vos, que um dia vou voltar!..

João Ferreira
27 de Julho de 2007

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